Papo de Busão

  • Rolou até tapa na cara

    Tribuna | 23 de setembro de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS O colaborador de hoje pediu anonimato! Como ele pega a linha todos os dias, com o mesmo motorista estressadão, é melhor não dar bandeira: “Naquela manhã ensolarada, o curto trajeto de busão do bairro onde moro até o Terminal Central de São José dos Pinhais quase acabou em pancadaria. Pelo ritmo devagar (até demais) que o motorista da linha dirige, nunca imaginei que ele pudesse ter a reação que teve. Entrei e me sentei no último banco, como costumo fazer diariamente. Dois pontos depois, entra um senhor na faixa de uns 60 anos e pega o primeiro assento, quase ao…

  • Pessoas chatas

    Tribuna | 16 de setembro de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS É fato que trabalho está entre os assuntos mais comentados no busão, especialmente quando o passageiro ao lado é da mesma empresa. E o povo não poupa alfinetadas pros coleguinhas, como os dois rapazes que estavam no biarticulado: “- Pense em duas gurias chatas. Elas reclamam de tudo! Se o chefe fala que tem que dar tchau pro cliente elas enchem o saco e dizem ‘que dar tchau pro cliente o que…’ – Além de tudo as duas vão almoçar juntas e voltam falando mal uma da outra. Esses dias Fulana chegou pra Ciclana falando mal da Beltrana. ‘Tá chata…

  • Cadê o pacote??

    Tribuna | 09 de setembro de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS A leitora Cristiane Bezerra da Silva ouviu a conversa que rolava no Inter II dia desses. O papo era entre duas garotas – uma delas menor de idade – que queriam ir pra balada: “-Amiga, é o seguinte, essa balada que vou te levar só tem gente decente, as meninas que eu conheço de lá são super gente boa e não ficam assediando hétero. Então entendi que estavam falando de uma balada gay, e que a mais velha era homossexual. A mais nova responde: – Ai guria, nem ligo pra essas coisas de ser decente ou não. Pelou menos quando…

  • A primeira viagem

    Tribuna | 02 de setembro de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  Até hoje, nenhum relato que já foi publicado na coluna contou como é a viagem de quem pega os primeiros ônibus do dia. Já teve papo de busão que aconteceu de manhã, de tarde, de noite ou de madrugada, mas ainda não tínhamos um que contando como é a vida de quem praticamente acorda no coletivo. Por isso, pedi pro colega de redação, Leonardo Coleto, contar como é essa vida (com direito a surpresinha no fim de uma viagem dessas): “Definitivamente tenho uma vida de rei quando o assunto é utilizar o transporte coletivo. A razão? Não preciso lutar por…

  • Destruidoras de lares – o relato final

    Tribuna | 26 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  Duas amigas no ônibus executivo (aquele que vai pro aeroporto) contavam como pegaram os maridos no pulo – ou na pulada de cerca. Tudo porque deram aquela espiada no celular deles. E não faltou papo. Semana passada a coluna mostrou o relato da primeira. Hoje é o dia da segunda contar sua história: “E o meu que tava pegando dicas com a ‘amiga’ de presente pro dia dos namorados? Peguei a conversinha deles e saí de casa. Só voltei porque minha mãe disse que quem tem que sair de casa é ele. Ele tem lugar pra ir e aquela casa…

  • Destruidoras de lares

    Tribuna | 19 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  A conversa foi longa. Bastante chateadas e cheias de rancor, duas mulheres trocavam figurinhas de como descobriram puladas de cerca dos maridos. Tudo só foi confirmado com ajuda do celular – ou também por descuido da parte deles. O papo rolou enquanto as duas seguiam no ônibus executivo que vai ao aeroporto (e como a viagem foi longa deu pra pegar o papo inteiro). Pra não perdermos nenhum relato das duas, conto hoje a história de uma e na semana que vem o relato da outra. “Meu mundo caiu naquele dia. Em 20 anos de casada nunca pisei no trabalho…

  • Perdi um papão

    Tribuna | 12 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  Tudo começou com uma bola fora minha. Estava embarcando no biarticulado e ajudei um passageiro cego a encontrar um banco para sentar. Mas na hora de indicar o assento o que fiz eu: apontei o banco e ainda falei “tá ali”. Não foi por mal. Na hora percebi que não adiantou apontar nem falar o “tá ali”. “Mais pra sua esquerda” e tudo resolvido. Sentei bem atrás dele – um pouco envergonhada pela gafe – e segui a viagem. Passou uns minutos e sentou atrás de mim, ao lado do cego, uma moça que começou a conversar com ele. E…

  • E a educação, ó?!

    Tribuna | 05 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  Lamentável. Já usei essa expressão como título de uma coluna. E foi essa a primeira coisa que pensei quando recebi a colaboração da amiga Geziane Diosti. É uma pena, mas o problema de falta de educação e falta de respeito com os passageiros mais velhos, as grávidas ou com crianças continua… “Para voltar do trabalho, pego a linha Detran-Vicente Machado. Quando embarquei esses dias, um casal de adolescentes (eles deviam ter uns 15, 16 anos) estava sentado nos bancos amarelos que são preferenciais, antes da catraca. Não vejo problema ficar sentado ali, a menos que apareça algum idoso, gestante, pessoas…

  • Problemas daqueles dias…

    Tribuna | 29 de julho de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS  Confusões podem acontecer a todo momento. Às vezes, uma boa intenção acaba virando motivo de briga e pra explicar que focinho de porco não é tomada vai um bom tempo. O leitor Rudinei Balbino que o diga: “Estava no ônibus São José dos Pinhais-Curitiba quando percebi uma moça muito bonita, acredito que era enfermeira, e que estava com um sério problema. Ela estava ‘naqueles dias’,pra sua infelicidade, acabou acontecendo um vazamento e surgiu uma mancha na sua calça. Um pouco constrangido e achando que estaria fazendo o bem, tentei avisar a moça. Toquei seu ombro e disse baixinho: ‘Moça, sua…

  • Achei que ia apanhar

    Tribuna | 22 de julho de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS Pois é, foi por pouco que não sobrou pra mim um ocorrido no busão. E nem posso dizer que não tinha nada a ver com o pato porque eu tinha sim… Tudo por causa de uma lesminha nojenta. Eu estava sentada no biarticulado, quase tirando uma soneca quando senti uma mão encostar no meu obro. Era a senhora que estava sentada ao meu lado e quando virei ela só apontou pra lesminha – daquelas bem pequenas e finas – que andava pelo casaco que eu levava na mão. Minha reação foi rápida: mandei a lesma pra longe. Só que antes…