Destruidoras de lares – o relato final

Tribuna | 26 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS 

Duas amigas no ônibus executivo (aquele que vai pro aeroporto) contavam como pegaram os maridos no pulo – ou na pulada de cerca. Tudo porque deram aquela espiada no celular deles. E não faltou papo. Semana passada a coluna mostrou o relato da primeira. Hoje é o dia da segunda contar sua história:

“E o meu que tava pegando dicas com a ‘amiga’ de presente pro dia dos namorados? Peguei a conversinha deles e saí de casa. Só voltei porque minha mãe disse que quem tem que sair de casa é ele. Ele tem lugar pra ir e aquela casa é minha também.

– Você pagou tanto quanto ele – comentou a amiga –. Corta de uma vez ou esquece tudo e sai logo porque você vai sofrer. Você já sabe que ele é ruim. Mas esfria a cabeça na hora de decidir.

Agora ele ta no quarto de hóspedes e eu, no nosso. Mas você acredita que ele disse que a culpa na verdade é minha?! Falou que eu fui fuçar o celular dele e não devia. Mas eu não consigo mais continuar. Me pegaram chorando no trabalho esses dias, é que eu não acredito como ele pode ser tão falso, mas todo mundo acha que ele é santo.

Pra você ter uma ideia, ele ficava de madrugada mandando mensagem e não subia pra dormir. Mas não gostou que eu ganhei um presente dum amigo do trabalho. Falei ‘não me compara com a sua vagabunda!’.

Acho que meu casamento acabou. Cada dia ele arranca uma coisinha de mim. Parece amputação de diabético. Essa coisa toda tá me maltratando muito. Só eu sei o que eu to passando. Mas ele não excluiu o contato dela e fala que tem que ter privacidade…”