E a educação, ó?!

Tribuna | 05 de agosto de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS 

Lamentável. Já usei essa expressão como título de uma coluna. E foi essa a primeira coisa que pensei quando recebi a colaboração da amiga Geziane Diosti. É uma pena, mas o problema de falta de educação e falta de respeito com os passageiros mais velhos, as grávidas ou com crianças continua…

“Para voltar do trabalho, pego a linha Detran-Vicente Machado. Quando embarquei esses dias, um casal de adolescentes (eles deviam ter uns 15, 16 anos) estava sentado nos bancos amarelos que são preferenciais, antes da catraca. Não vejo problema ficar sentado ali, a menos que apareça algum idoso, gestante, pessoas com crianças de colo ou portadores de necessidades especiais, como diz o recado. Então acho válido ceder o lugar. No banco ao lado havia um senhor com muletas, com seus mais de 70 anos, creio eu, que estava devidamente sentado no seu banco especial. Tudo bem também!

Alguns pontos depois, subiu uma mulher com duas crianças que voltavam da escola. Como o ônibus depois da catraca estava cheio, ela resolver ficar perto do motorista. Pensei comigo: ‘os jovens poderiam dar o lugar pra ela, coitada. com as duas crianças, as mochilas deles, a bolsa dela…’. Mas nada.

E o busão seguiu. Quase próximo ao ponto final, os jovens se levantaram e passaram pela catraca. E a mulher com as crianças ainda estava ali, de pé. O senhor de muletas, ao lado, não se aguentou e falou: ‘Custava vocês terem dado o lugar de vocês pra essa mulher que está com duas crianças? É brincadeira, viu!’.

E o ‘bonzão’ do adolescente/jovem/mal-educado/grosso, retrucou: ‘Por que dar o lugar, seu velho chato? Vai pra casa fazer comida, vai?’

Todos se entreolharam. Silêncio.

Fiquei chateada pelo senhor, porque imaginei que poderia ser meu avô recebendo aquele insulto sem tamanho. Acho que faltam pais pra dar uma boa sacudida nesse ‘rapaz’. Ah, se fosse meu filho…”