Cultura pra todos

Tribuna Regional – Portão | março de 2015 | Foto: Ciciro Back

Entre o terminal do Portão e dois movimentados shoppings de Curitiba, um local se destaca no meio do vai e vem das pessoas que passam por ali. É o Portão Cultural, espaço que oferece arte e cultura para a população.

Os autores das obras que compõem a exposição permanente já mostram a importância do local: o curitibano Poty Lazzarotto, o italiano Franco Giglio e a artista japonesa Tomie Ohtake (que morreu há algumas semanas) estão à disposição do público, independente das demais exposições.

E a oferta de cultura não para por aí. Além das obras permanentemente expostas, o Portão Cultural reúne três salas expositivas, que compõem o Museu Municipal de Arte de Curitiba (o Muma), o Auditório Antônio Carlos Kraide, o Cine Guarani e a Casa da Leitura Wilson Bueno, uma das mais movimentadas de Curitiba, com um acervo de 7,5 mil livros e 3,1 mil usuários cadastrados.

“Acho esse espaço muito bacana, tanto pela liberdade quanto pelo acesso. A Casa de Leitura tem bastante acervo e podemos ficar à vontade”, afirma o corretor de imóveis, Lauro Oliveira, 45, que frequenta o local. No Portão Cultural também é possível colocar a mão na massa. Após as visitas guiadas, as crianças participam de atividades artísticas, onde criam releituras das obras que acabaram de ver.

 

Muma
Com um acervo próprio importante, o Muma atrai um público diversificado. Ao todo, o local abriga oito coleções de importantes artistas, como Poty Lazzarotto, Cleuza Salomão e Mohamed Ali El Assal. São mais de 3,8 mil obras que ficam instaladas na chamada reserva técnica, ou seja, um espaço para guardar todo o material, que compõe as exposições realizadas no próprio Muma ou fora dali.

“Nosso objetivo é trazer a cultura para as pessoas e promover o encontro de várias linguagens e pensamentos. Aqui é um espaço para as manifestações contemporâneas e vivência das linguagens”, destaca a coordenadora do Portão Cultural e do Muma, Cristina Herrera.

As salas de exposição também recebem artistas de todo o mundo. “Este espaço é espetacular. A estrutura e a localização são muito interessantes. Entre a praça e o terminal, mostra que o Portão Cultural pertence à cidade”, comenta o arte-educador Rogério Bealpino, 30.

A ampla oferta de programação cultural do espaço foi destacada na última Tribuna Regional Portão. Amanhã, começa a distribuição da nova edição do tabloide com notícias para os bairros Água Verde, Fanny, Fazendinha, Guaira, Lindóia, Novo Mundo, Parolin, Portão, Santa Quitéria e Vila Izabel.

 

Digital
Reinaugurado em 2012, o Portão Cultural ainda dedica um espaço específico para a arte digital, o Centro de Arte Digital. Ali, artistas expõem obras que utilizam diferentes tecnologias e plataformas. “Incentivamos pesquisas na área digital relacionada com a arte. Cada vez mais as propostas estão se valendo das novas tecnologias e a arte digital pede que o espectador interaja, não é tão contemplativa. Precisamos acompanhar o nosso tempo e não faz sentido o estereótipo de que museu só tem coisas velhas”, avalia Cristina.

 

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