A estressadona, a safadona, a macumbeira e a vadia…
Tribuna | 30 de abril de 2014 | Foto: Brunno Covello/SMCS
Já contei aqui que a mudança de endereço da redação da Tribuna, no ano passado, ajudou a coluna: mais gente andando de ônibus, mais histórias para contar. E acaba que acontecem também mais situações de estresse, pois nem sempre andar de busão por aí é uma maravilha.
Um colega, que não quis se identificar, passou por uma assim tempos atrás. Ele esperava pelo troco do ônibus perto da cobradora e ao lado dele estava mais um rapaz com a mochila nas costas.
Uma passageira tentou passar e pediu licença, o rapaz ao lado não ouviu e ao invés de tentar mais uma vez ela deu um empurrão nos dois. Como ela era gordona (de acordo com ele) o espaço ainda não foi suficiente para ela passar. Restou ao meu colega falar “tá estressadona, heim tia…”
Passageira 2 – a safadona: Cheia de amor pra dar, a mulher falava ao telefone. Uma pena que peguei a conversa pela metade, pois parecia ser quente: “Você que tá com a mente poluída. Eu durmo com “dois negão” na cama”. (pausa para a pessoa do outro lado da linha) “Não faz falta não, não quero casar, prefiro ficar solteira”. (mais uma pausa) “Ah, você não me convidou para a festa na sua casa. Se tivesse me convidado eu ia e dormia aí…”. Uma pena, mas também não escutei o final.
Passageira 3 – a macumbeira: A conversa da mulher, também ao telefone, foi a sensação da viagem. Parecia uma briga, então todo mundo ficou quietinho pra ouvir tudo, claro! “O Fulano tava no telefone comigo, disse que deixou a filha com a Ciclana para procurar emprego. Só que dizem que ela é macumbeira, mas ela não vai fazer mal pras crianças, né? Com a força do Senhor!!”
Passageira 4 – a vadia: Mãe falando creio eu que com o filho, pelo telefone: “Em 10 minutos tô chegando aí. Manda essa vadia pra rua que eu não quero nem ver a cara dela”. Recado dado, ela desligou o telefone e desceu do biarticulado.
