Rolo de família

Tribuna | 29 de outubro de 2012 | Foto: Brunno Covello/SMCS

E mais uma vez a mulherada aproveitando a espera no busão pra resolver os rolos de família. No tubo (lotado) do Inter 2, no Terminal do Campina do Siqueira, a mulher discute feio no telefone:

– O tempo vai te dizer, vai te cobrar essas coisas que você deixou de fazer, ameaçava em voz alta.

A discussão termina e logo em seguida ela engata uma ligação com uma amiga:

– Qual é o contato daquele advogado? Ele atende família? Vou entrar numa briga feia com o pai da minha filha. Se eu não estou com ele, ele não me deixa ver a menina. Quero meus direitos! Pra passar um fim de semana com ela tenho que ficar me humilhando? Tô revoltada, ele se acha o dono da menina? Nem que seja um dia ela vai ficar comigo.

E pelo jeito a situação era complicada mesmo. Chorando, ela contou que o relacionamento terminou e o pai pegou a menina há um ano. Desde então não deixa mãe e filha se encontrarem…

 

Papo de motorista

Quem disse que motorista e cobrador não conversam durante a viagem? Como todos os outros profissionais, eles também aproveitam e fazem aquela fofoquinha básica sobre o desempenho dos colegas de trabalho. A cobradora dizia:

– Sabe aquela cobradora que é mais velha, loira, de cabelinho curto? Ao invés de avisar o motorista pra fechar a porta, ela mesma tenta fechar, mas aperta o botão errado, libera a catraca e perde a passagem. Aí tem que pagar do bolso. Uma lentidão… O outro motorista quer “matar ela”.

Olhando para a cobradora pelo espelho retrovisor, o motorista não deixa por menos e reclama de outro colega:

– E o outro cobrador que esquece de dar o sinal que os passageiros desceram e eu fico esperando e não sigo viagem. Não dá pra enxergar os passageiros e o cobrador não avisa. Eu acabo fechando antes dele avisar, de tão devagar que é. Depois sobra pra mim…

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