Mulheres, não se calem!

Tribuna | 25 de novembro de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS

A coluna de hoje não é só sobre fatos que aconteceram no ônibus. Ela vai além disso e a proposta é servir como um reforço às várias campanhas que combatemo assédio e a violência sofrida pelas mulheres nos coletivos ou em qualquer outro ambiente.

Dia dessas, uma amiga mandou para a coluna seu relato de como reagiu a um passageiro sem noção no ônibus. A história se encaixa a toda essa mobilização que está acontecendo:

“Estava sentada no ônibus e senti que meu cabelo ficou preso entre o banco e o corpo do passageiro que estava em pé ao meu lado. Tirei o cabelo, mas ele ficou preso de novo. Me afastei e encarei, pra ver se ele parava, mas ele começou a se encostar em mim.

Fui então mais pro canto, não queria fazer escândalo, mas já peguei meu guarda-chuva – daqueles que tem a ponta de metal – e deixei do meu lado pro cara não encostar. Depois levantei com raiva e já fui pra porta e o cara continuou atrás de mim. A raiva era tanta que peguei o guarda-chuva como se fosse uma espada e olhei bem feio pra ele. Estava pronta pra enfiar o guarda-chuva nele, caso o cara viesse pra cima de mim. Na falta de um guarda-chuva, qualquer outro instrumento, até mesmo uma caneta, serviria”.

Busque ajuda

Nos últimos dias a Prefeitura de Curitiba lançou a campanha #nãosecale. O Hospital do Trabalhador também abordou o assunto com a campanha “Não Devemos Maquiar a Realidade” e eu aproveito e deixo aqui a orientação destas iniciativas:

Se o abuso acontecer dentro do ônibus a orientação é ligar para a Guarda Municipal, pelo telefone 153. Quando a violência ocorre na rua também é possível ligar para a Polícia Miliar (190). Além disso, estão disponíveis para dar orientações a Delegacia da Mulher de Curitiba (Rua Padre Antônio, 33 / telefone 3219-8600) e a Secretaria da Mulher de Curitiba (Rua Barão do Rio Branco, 45 – 9º andar / telefone 3221-9952)