Mau humor matinal

Tribuna | 15 de julho de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS

O colaborador anônimo esperava o ônibus no ponto perto daquele shopping que fica na BR que vai pra praia. O tempo estava passando, nada do busão chegar, o horário pro trabalho apertando e então ele resolveu se informar com a moça que também estava ali aguardando. “Perguntei com toda educação”, garantiu, tentando adiantar que não fez nada demais para ouvir a resposta atravessada da moça, que estava “toda alinhadinha”:

– Que horas vem o Solitude?

– Não sei que horas que vem. Mas esse ônibus é uma merda! – disse a garota, sem constrangimento nenhum.

“A resposta me espantou. Como não queria incitar o ódio, agradeci pela informação e, depois de 20 minutos, acabei pegando outro ônibus”. E a mocinha boca-suja ficou sozinha esperando o Solitude…

 

Trilha sonora
Enquanto tem gente que é puro stress, tem aqueles que tentam relaxar – mas aí acabam estressando os companheiros de busão. Com o celular na mão, sentado no banco preferencial do ônibus da linha Araucária-Curitiba o senhor não estava nem aí. Botou pra tocar no volume máximo uma trilha sonora, digamos, eclética:

– Mil corações, de Gian & Giovani

– Gatinha assanhada, de Gusttavo Lima

– Sempre assim, da banda Jota Quest

– Sutilmente, do Skank

Até descer, ele deixou o alto-falante no máximo e ainda encarava os passageiros que – visivelmente incomodados – procuravam pela origem do som.

Dos pensamentos aleatórios que já ouvi por aí:

“Engraçado que a lei pros homens não existe. Porque tem muito homem que só bate na mulher porque ela já deu na cara dele e não aconteceu nada…”. (Frase dita por um homem – que já deve ter apanhado em casa.)

 

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