Dez minutinhos, pessoal!

Tribuna | 28 de janeiro de 2014 | Foto: Tribuna

O meu destino era Mafra, município de Santa Catarina que faz divisa com o Paraná, onde passava as férias de janeiro. Antes de chegar na cidade do estado vizinho, o ônibus sempre faz uma parada em Rio Negro, do lado paranaense do rio, pra deixar alguns passageiros. Foi nessa pausa que meu irmão fez uma “pegadinha” com os passageiros que não iam descer ali e continuaram no ônibus.

Imitando a voz do motorista – que estava descendo pra entregar as malas pra quem tinha acabado de chegar ao seu destino -, meu irmão falou em voz alta: “Dez minutinhos, pessoal”, como se os passageiros pudessem descer rapidinho na rodoviária pra ir ao banheiro ou comprar alguma coisa pra comer (mesmo estando a meia hora do destino final).

Só que na realidade não tinha dez minutinhos nenhum. Só descia ali quem ia mesmo desembarcar em Rio Negro. Sem perceber a debandada dos passageiros, o motorista voltou a seu posto e já estava ligando o motor quando o pessoal se deu conta que estava quase ficando pra trás. Eles voltaram correndo e uns até indignados porque o motorista não tinha cumprido o “acordo” de dar dez minutinhos pra descer. Enquanto isso, eu e meu irmão ficamos tentando disfarçar a autoria da pegadinha ao mesmo tempo que não conseguíamos conter a gargalhada.

 

Últimos capítulos

Não tem como evitar, última semana da novela, todo mundo falando sobre o que pode ou não acontecer na trama, e é claro que vira assunto do busão. Foi isso que meu chefe, Olavo Pesch, ouviu nesta semana:
“Já estava chegando no tubo onde ia descer, ontem de manhã, quando entram duas mulheres de meia idade no Ligeirinho. Assunto? “Amor à vida”. Uma tentando puxar assunto e a outra, apesar de noveleira, nem tão empolgada com o tema.

– Assistiu a novela ontem?

– Assisti.

– O “chifrudo” do César (Antonio Fagundes) tem que levar, né?

– É!

– E a Aline (Vanessa Giácomo) abraçada com o amante na frente dele, hein?

– Pois é.

Falam mais alguma coisa sobre Félix (Mateus Solano), o filho do médico que ficou cego no folhetim, dopado pela vilã Aline.

– E o Ninho (Juliano Cazarré), será que morre?

– Não sei.

– Ou será que o doutor vai salvar?

– Acho que sim.

– Como é mesmo o nome do doutor?

– Doutor velhinho?

– E a Aline, vai escapar?

Antes que a outra diga qualquer coisa, ela já se antecipa:

– Parece que sim! Apareceu tomando champagne no avião…

E arremata:

– Que burro esse Ninho! A mulher amarrando ele na cama e ele achando que ia fazer amor. Só em novela que isso acontece!”

 

 

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