Cura pelo riso

Tribuna Regional – CIC | dezembro de 2015 | Foto: Felipe Rosa

A especialidade dos doutores palhaços da organização não-governamental Terapia Intensiva de Amor (TIA) é encontrar bons sentimentos. Há quase oito anos prestando atendimento em hospitais e casas lares que recebem idosos, pessoas com deficiência ou com HIV e crianças em tratamento contra o câncer, eles garantem que isso é possível.

“Nossa missão é transformar todo e qualquer ambiente. A ideia de levar o doutor palhaço ao quarto do paciente não é para maquiar o problema, mas buscar aquilo que está bom”, apresenta a presidente e fundadora da ONG, Caroline Alcova, 25, que quando entra em um hospital dá vida à Dra. Bellinha Rosa Cor do Chá.

O grupo é formado por 20 doutores palhaços, que fazem plantão em dez instituições durante os finais de semana. O trabalho é voluntário, mas tem como maior recompensa fazer os pacientes sorrirem em meio a tratamentos e condições de saúde muitas vezes complexas. Basta que eles sejam autorizados a entrar nos quartos e a troca de bons sentimentos é imediata, começando sempre com um sorriso. “É a cura com o riso, a gente vê a transformação do ambiente”, diz Caroline.

O retorno vem pelas redes sociais, quando os pacientes já tiveram alta do hospital, e pela evolução daqueles que são acompanhados pelos palhaços há tempos. Não são raro os casos em que nasce uma afinidade maior e os doutores são esperados ansiosamente por quem passa por tratamentos mais longos ou mora nas instituições.

Momento mágico
Uma das instituições que recebem os doutores palhaços do Tia é o Pequeno Cotolengo, no Campo Comprido. Ao serem vistos de longe, eles já atraem a atenção dos moradores da instituição, que querem um momento de alegria. “É um momento mágico que acontece, quando você vê no rosto do paciente que realmente precisa, que é uma alegria sincera. É muito gratificante, não faz bem só pra eles, mas pra gente também”, conta Pedro, mais conhecido como Residente Piratinha Parafuso. (CGB) Seleção de palhaços A TIA está ampliando seu quadro de doutores e realiza até 11 de dezembro as inscrições para o processo seletivo de produção de novos palhaços. Os interessados precisam enviar seu nome, idade e telefone para o e-mail queroentrar@terapiaintensivadeamor.org.

Para ingressar na ONG, não é preciso ter experiência como palhaço, mas “comprometimento, alegria e vontade”, diz Caroline. Os selecionados passam por uma formação sobre a atividade, como se portar nos hospitais e, desta forma, não cometer gafes. Também é criada a personalidade do novo palhaço.

Além da atividade em hospitais, a TIA transforma ainda ambientes corporativos, realizando ações em empresas. Esta é uma das formas de viabilidade financeira da ONG, que também recebe doações. (CGB) Serviço Terapia Intensiva de Amor (Tia) www.terapiaintensivadeamor.org www.facebook.com/terapiaintensivade.amor

Telefone: 9638- 2756

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