E onde entra o japa?

Tribuna | 17 de junho de 2015 | Foto: Brunno Covello/SMCS

A senhora senta com o netinho (de uns sete anos idade) no ônibus, de frente para o senhor todo simpático. E velhinho simpático no ônibus significa papo na certa – mesmo que a conversa descambe pra uma bola fora.

Ele já foi logo perguntando:

– É seu neto? Quem tem neto tem tudo…

– Ah, é verdade. Esse aqui vai cuidar da vó – Respondeu a senhora.

– Vai nada. Ele pelo jeito vai estudar bastante. Olha a cara dele, tem esse traço oriental. Quem é oriental na família, o pai ou a mãe?

O senhor falava sobre os olhinhos do menino que eram levemente puxados (claro, tive que olhar pra conferir!!). Mas a resposta da avó foi, no mínimo, engraçada para quem acompanhou a cena:

– Ninguém! Ele puxou mais a mãe. O pai é bem moreno.

Fim de papo! Só ficou no ar onde é que o japa entrou na história.

 

Passageira lenta, motorista impaciente
Quando cheguei no ônibus – daqueles que só aceita cartão transporte – que ia para o Capão Raso – o motorista já estava tentando arrancar, mesmo com o veículo vazio. Todo mundo que iria entrar estava do lado de fora: uma senhorinha, seguida por um senhor idoso e eu.

A senhorinha, coitada, se enrolou toda na hora de passar pela catraca porque não achava o cartão. E por isso o motorista foi de uma grosseria… Tratou de mandar a passageira entrar pela porta de trás e enquanto ela descia o cara começou a reclamar:

– Justo a primeira passageira perder o cartão! O primeiro da fila tem que saber sempre onde tá o cartão. Vá jogar bingo!

Nisso a passageira entrou pela porta de trás e assim que sentou achou o cartão no bolso, ficando toda sem graça. O outro passageiro, porém, logo saiu em defesa da colega de idade e deu uma lição no motorista grosseiro:

– Você vai ficar velho também…

 

Leitura de busão: Ágape. Autor: Padre Marcelo Rossi (Cristianismo)

 

http://www.parana-online.com.br/colunistas/papo-de-busao/109688/E+ONDE+ENTRA+O+JAPA