Sonho realizado

Tribuna | 04 de dezembro de 2014 | Foto: Suellen Lima

A cor azul nas paredes do quarto novo na casa de Dalvana Correia da Silva mostra que o que no começo do ano parecia impossível agora depende apenas de poucos detalhes. A UTI adaptada para o garoto Erick Ismael da Silva, 11, está quase pronta. A família espera apenas a entrega dos móveis feitos sob medida para o espaço e que devem chegar antes do Natal.

Erick tem paralisa cerebral desde o momento em que nasceu, decorrente de um procedimento errado no momento do parto. Ele sofre da Síndrome de West (tipo raro de epilepsia) e está com o pulmão comprometido após dezenas de derrames pulmonares, pneumonias e infecções.

O único item que falta é um colchão adequado ao menino e que, por causa do alto custo, ainda não foi adquirido. O modelo ideal seria um colchão magnético, mas enquanto Erick não passa por uma cirurgia na coluna, é possível utilizar o modelo box (nas medidas 138 x 188 x 27 cm). Por causa do modelo do colchão, a família não pode utilizar a cama hospitalar que recebeu e devolveu ao doador.

“Estou tentando deixar o menos parecido possível com uma UTI, senão fica muito pesado”, observa Dalvana, que comemora a ajuda que recebeu durante o ano. “Achava que não iria conseguir e se não fosse a ajuda, não teria conseguido mesmo. Toda vez que a gente programava para começar a UTI acontecia alguma coisa com o Erick e a gente não dava conta e tinha que gastar”, lembra.

A expectativa agora é pela adaptação de Erick no quarto que será “o cantinho só dele”. Até então, a disposição dos aparelhos e dos medicamentos estava improvisada. “Ele fica ligado a cinco aparelhos e antes era fio pra todo lado. Agora os aparelhos vão ficar todos instalados, bem bonitinhos, e com espaço para preparar a medicação do Erick”, diz Dalvana.

 

Gratidão
Com seu sonho realizado, Dalvana agradece a todos os que ajudaram. “Só tenho que agradecer, se não fosse a ajuda não teria feito nada. A maioria das pessoas que ajudou não tem muito dinheiro. Recebi depósitos de R$ 10 e que ajudaram muito”.

A mãe guarda todas as notas fiscais das compras de medicamentos e material de construção com o dinheiro arrecadado. Além das doações a família também investiu na construção do espaço com dinheiro próprio. “Conseguimos um desconto nos móveis. Demos a entrada com as doações e o restante parcelamos, nós mesmos vamos pagar”, explica.

 

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