Risco de doença no verão

Tribuna | 28 de dezembro de 2012 | Foto: Michel Willian/SMCS (arquivo)

O período de calor aliado às chuvas típicas do verão traz duas grandes preocupações para as autoridades sanitárias nesta época do ano: o risco de novos casos de dengue e de leptospirose. O combate às duas doenças depende do envolvimento da comunidade nos cuidados para evitar que se desenvolvam.

A principal preocupação é com a leptospirose, mais fácil de ser contraída. Quando em contato com a água, a leptospira, bactéria presente na urina do rato, tem forte poder de penetração na pele e é facilmente espalhada durante enchentes ou em banhos de rio. Moradores de ocupações irregulares, coletores de materiais recicláveis e trabalhadores da construção civil também correm o risco de contaminação.

Cuidados
Até outubro foram notificados 510 casos suspeitos de leptospirose, sendo confirmadas 60 e seis pessoas morreram. No mesmo período do ano passado foram 1,2 mil suspeitas, 155 casos confirmados e 21 mortes. “O principal cuidado é não entrar na água, principalmente em áreas alagadas. Se for preciso, o ideal é usar botas de borracha ou calçados bem fechados, que evitam o contato com a água”, explica o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, Juliano Ribeiro.

 

Cidade livre da dengue
A atenção aos sintomas também é fundamental. Como os sinais da leptospirose são semelhantes aos de outras doenças a orientação não se auto-medicar. “A dor na panturrilha é característica. A doença também afeta o fígado e deixa a pele amarelada, além disso, acompanha febre repentina, acompanhada de dor no corpo inteiro”, explica. Para evitar a doença, outra orientação é não acumular lixo nem restos de alimentos, que atraem os ratos.

Já os casos de dengue estão zerados em Curitiba, o que significa que o vírus não está circulando pelo município. Mesmo assim durante o ano foram confirmados 26 pacientes a doença entre 231 suspeitos, sendo que nestas situações contraída fora da cidade. Até o mês passado foram encontrados 59 focos enquanto no ano passado foram 62.

Criadouros
Mesmo com a intensa participação dos curitibanos no combate à dengue, a bióloga do Programa Municipal de Controle da Dengue, Elydia Paulina Campanholo Busetti, destaca a necessidade de erradicar os criadouros do mosquito responsável pela transmissão da doença, que se desenvolve ao menor acúmulo de água.

 

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